O cenário político sempre traz consigo discussões acaloradas, especialmente em ano de eleições municipais. Entre as pautas m destaque, as condições do Complexo Hospitalar Gentil Filho, como HGM, têm sido alvos de atenção e denúncias feitas pelo vereador e pré-candidato a prefeito de Caxias Daniel Barros. No entanto, as acusações feitas pelo político oposicionista caem por terra quando se compara o período em que ele foi secretário adjunto de Saúde do Município, na gestão anterior, e a administração atual, com base em informações extraídas do banco de dados do Ministério da Saúde (DATASUS). Os números comprovam a melhoria significativa dos indicadores de saúde do povo caxiense desde que o prefeito Fabio Gentil assumiu o primeiro mandato.
Nesse contexto, buscamos traçar uma análise comparativa entre os anos de 2012 a 2016, período em que Daniel Barros ocupava o cargo de secretário adjunto de Saúde, na gestão do ex-prefeito Léo Coutinho, e os anos de 2017 a 2020, durante o primeiro mandato do prefeito Fábio Gentil.
Antes de continuarmos a nossa análise, é necessário deixar esclarecido que foi incluído o ano de 2020, uma vez que o mesmo faz parte do mandato de Fábio Gentil, mas este representa o ano inicial da pandemia de Covid-19, que se alastrou pelo mundo, inclusive por Caxias.
Taxa de mortalidade: uma mudança de paradigma?
Durante os anos de 2012 a 2016, a taxa de morbidade no HGM Gentil Filho apresentou tendência de crescimento constante, atingindo uma média anual de aproximadamente 9% de mortes a cada mil internações no hospital. Contudo, nos anos subsequentes, de 2017 a 2020, observamos uma mudança significativa. A média anual de morbidade diminuiu para aproximadamente 6,5%, indicando uma vertiginosa melhoria na saúde da população atendida e uma eficácia aprimorada nos tratamentos, já que representa uma queda de 30% da taxa de morbidade do hospital.
Essa redução pode ser vista como reflexo das ações implementadas durante a gestão do prefeito Fabio Gentil, indicando um impacto positivo nas condições de saúde locais.
Óbitos: tendências e desafios emergentes
A análise dos dados de óbitos revela uma mudança notável nos anos mais recentes. Durante o período de 2012 a 2016, a média anual foi de 420 óbitos, apresentando um variabilidade considerável entre os anos. Já nos anos de 2017 a 2020, a média anual diminuiu para aproximadamente 215 óbitos, que consiste em uma redução de quase 50% das mortes no HGM.
Esse declínio está diretamente ligado a avanços nos cuidados de saúde e demonstra notável administração de recursos públicos em período de emergência, já que nesse cálculo está incluído o ano de 2020, que apesar da epidemia de Covid-19, não superou a marca do ano co menor número de óbitos da gestão Coutinho/Daniel, que foi de 382 óbitos em 2013, enquanto na gestão Fábio houve apenas 361 óbitos no HGM, em 2020.
Gestão municipal e desafios na saúde
O período analisado compreende a transição de gestões municipais, com Fábio Gentil assumindo a prefeitura em 2017. A redução das taxas de morbidade e óbitos durante seu primeiro mandato pode ser considerada um indicativo de eficiência nas políticas de saúde implementadas. E o aumento em 2020 sugere que desafios emergentes, como a pandemia, demandaram constante atenção e adaptação do atual prefeito, que conseguiu manter a gestão em níveis baixos de morbidade.
O atual cenário de saúde no Complexo Hospitalar Gentil Filho reflete não apenas a gestão municipal, mas também a complexidade de fatores que influenciam a saúde pública.
Um olhar crítico sobre os dados é essencial para a tomada de decisões informadas e para garantir que os desafios identificados sejam abordados de maneira eficaz e direta, sem utilização disso para fins eleitoreiros.
O papel ativo dos cidadãos e dos seus representantes, como o vereador Daniel Barros, é fundamental para promover a transparência e o aprimoramento contínuo do sistema de saúde local, desde que feito com seriedade e de maneira correta, buscando sempre melhorar a vida dos caxienses, não por cargos ou títulos políticos.
Daniel Matos.
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