A condução do processo de cassação de Gentil Neto pela Justiça Eleitoral em Caxias (MA) tem levantado questionamentos quanto à celeridade e à transparência exigidas por lei em casos envolvendo abuso de poder econômico e político.
O centro da controvérsia é um áudio atribuído à campanha de Gentil Neto, supostamente manipulado com tecnologia de inteligência artificial (deep fake), que teria influenciado milhares de votos ao espalhar medo e ameaças de demissão coletiva caso o adversário, Paulinho, fosse eleito.
O áudio foi denunciado à Polícia Federal (PF) em outubro, logo após as eleições, com o registro de um boletim de ocorrência por Paulo Marinho. Embora já exista um laudo técnico realizado por peritos em São Paulo comprovando a manipulação do áudio, o juiz eleitoral Jorge Leite, da 4ª Zona Eleitoral de Caxias, determinou uma nova perícia a ser conduzida pela PF. No entanto, até o momento, a coleta de voz necessária para a análise não foi realizada, gerando críticas sobre o ritmo lento do processo.
VEJA O VÍDEO DO PREFEITO FÁBIO GENTIL, EM DESESPERO, APELA PARA ATINGIR O EX-PREFEITO:
A demora contraria o princípio da celeridade processual, essencial no direito eleitoral, principalmente em ações judiciais que tratam de irregularidades graves, como abuso de poder e compra de votos. A paralisação de etapas do processo tem sido atribuída a manobras advocatícias de Gentil Neto, que, segundo denúncias, contam com o apoio de assessores e altos investimentos financeiros para atrasar os desdobramentos do caso.
Diante da lentidão, há a possibilidade de acionamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar possíveis irregularidades na condução do caso em Caxias. O que deveria ser uma apuração rápida para garantir a lisura do processo eleitoral parece ter se transformado em um impasse judicial, com dúvidas crescentes sobre o papel do Judiciário local em garantir justiça e transparência.
Enquanto isso, a população de Caxias aguarda por respostas e pela conclusão de um processo que pode ter implicações na política da cidade. A questão não é apenas técnica, mas também de confiança nas instituições que devem zelar pela democracia e pelo respeito às leis eleitorais.
0 Comentários